8º Ano - Sociedade de consumo
A sociedade de consumo é um termo bastante
utilizado para representar os avanços de produção do sistema capitalista, que
se intensificaram ao longo do século XX notadamente nos Estados Unidos e que,
posteriormente, espalharam-se – e ainda vem se espalhando – pelo mundo. Nesse
sentido, o desenvolvimento econômico e social é pautado pelo aumento do
consumo, que resulta em lucro ao comércio e às grandes empresas, gerando mais
empregos, aumentando a renda, o que acarreta ainda mais consumo. Uma ruptura
nesse modelo representaria uma crise, pois a renda diminuiria, o desemprego
elevar-se-ia e o acesso a elementos básicos seria mais dificultado.
Uma
das grandes críticas ao sistema capitalista é a emergência desse modelo. Suas
raízes estão vinculadas ao processo de Revolução Industrial, mas foi a
emergência do American Way Of Life (jeito
americano de viver) em 1910, nos Estados Unidos, que intensificou essa
problemática. A consequência foi uma crise de superprodução das fábricas, que
ficaram com grandes estoques de produtos sem um mercado consumidor capaz de
absorvê-los, gerando a crise de 1929. Na época, para
combater os efeitos da crise, o governo desenvolveu formas de intervir na
economia e provocar o seu aquecimento em um plano chamado New Deal (Novo
Acordo).
Consequentemente, para que as fábricas continuassem
produzindo em massa e os produtos difundissem-se, foram estabelecidos modelos
de desenvolvimento pautados na melhoria de renda e no crédito facilitado com o
objetivo de ampliar ainda mais o consumo. Com isso, a crise econômica do século
XX teve fim, mas uma problemática ainda maior se estabeleceu, pois o consumo
pelo consumo é uma maneira contraditória e ineficaz de manter o desenvolvimento
das sociedades. Tal dinâmica não se modificou mesmo com a retomada do modelo
neoliberal a partir da década de 1970 em todo o mundo. As críticas sobre
a sociedade de consumo direcionam-se não apenas pela perspectiva econômica, mas
também pelo viés ambiental. Afinal, um dos efeitos do consumismo é a ampliação
da exploração dos recursos naturais para a geração de matérias-primas voltadas
à fabricação de mais e mais mercadorias. Estimativas apontam que seriam necessários
quatro planetas e meio para garantir os recursos naturais para a humanidade
caso todos os países mantivessem o mesmo nível de consumo dos EUA.
Com
isso, há a devastação das florestas e o esgotamento até mesmo dos recursos
renováveis, tais como a água própria para o consumo, as florestas e o solo.
Além disso, os recursos não renováveis vão contando os dias para a escassez
completa, tais como as reservas de petróleo e de diversos minérios utilizados
para a fabricação dos mais diferentes produtos utilizados pela sociedade.
Um dos aspectos mais criticados no que se refere à
sociedade de consumo é a obsolescência programada –
ou obsolescência planejada –, que consiste na produção de mercadorias
previamente elaboradas para serem rapidamente descartadas, fazendo com que o
consumidor compre um novo produto em breve. Assim, aumenta-se o consumo, mas
também aumenta a demanda por recursos naturais e maximiza a produção de lixo,
elevando ainda mais a problemática ambiental decorrente desse processo.
Com isso, além da adoção de políticas sociais de
controle ao consumismo exagerado, é preciso encontrar meios econômicos
alternativos ao desenvolvimento pautado no consumo. Não obstante, faz-se
necessária também a promoção de políticas de reciclagem, além da reutilização
ou reaproveitamento dos produtos não mais utilizados, contendo, assim, a
geração de lixo e a demanda desenfreada por matérias-primas.
Fonte:
Vídeo
Aula:
https://youtu.be/QBHvsSdy56A Animação Sociedade de consumo.
https://youtu.be/gREBUTDAb5o Aula Sociedade de consumo.
https://youtu.be/O0Z5z_-yXGU Mujica - Sociedade de consumo.
Atividade de Aplicação: pág. 265.
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